Departamento de Imunobiologia

História

O Instituto de Biologia foi criado em 1982, tendo seu primeiro diretor o Prof. Jorge de Paula Guimarães. Ao recém criado Instituto,  agregaram-se as disciplinas de Citologia, Genética, Biologia e Imunologia – e seus respectivos docentes, todos oriundos do Instituto Biomédico. A partir deste núcleo disciplinar inicial, foram criados os Departamentos de Biologia Celular e Molecular (GCM); Neurobiologia (GGN); Biologia Geral (GBG) e Imunobiologia (GIM). Com o crescimento, foram criados mais um departamento – Biologia Marinha (GBM), os cursos de pós-graduação e o curso de graduação em Biologia (bacharelado e Licenciatura).

      A história  do Departamento de Imunobiologia é muito rica mas será contada aqui de forma muito sucinta, ressaltando o trabalho dedicado dos pioneiros e do coletivo departamental – docentes, técnicos administrativos e estudantes que, ao longo destas últimas quatro décadas,  muito contribuíram para as atividades de ensino,  pesquisa e extensão da Universidade Federal Fluminense. Parte deste esforço coletivo pode ser visualizado neste site.

     Assim, a partir de uma breve retrospectiva histórica, destacamos as pessoas dos professores Silvio Thales Torres, Nelson Monteiro Vaz e Mauricio Monteiro, responsáveis pela disciplina de Imunologia, ainda no Instituto Biomédico, juntamente com mais três professoras que não quiseram se transferir para o recém criado Instituto de Biologia.

      Os Professores Silvio Thales Torres e Nelson Monteiro Vaz foram os responsáveis pela introdução e manutenção de animais isogênicos em centros de pesquisa e universidades brasileiras, especialmente o Hospital do Câncer, em 1963, e, posteriormente, nas dependências do Instituto Biomédico, em 1966, vinculados à pesquisa e ao ensino de imunologia. Foram introduzidas colônias das linhagens C3H, que desenvolvia tumores espontâneos de mama, A/Sn, que desenvolvia tumores pulmonares, e ainda as linhagens C57BL e DBA/2. Posteriormente, o Prof. Nelson Vaz, retornando de Nova York, após ter realizado importantes estudos sobre a natureza dos genes que regulam a resposta imunitária, trouxe mais dez linhagens isogênicas e congênicas, consolidando assim o que viria a ser, por muito tempo, o principal Biotério de roedores (camundongos e ratos) isogênicos do Brasil. A importância deste Biotério deve ser exaltada posto que, por muito tempo, ele forneceu, e ainda fornece, animais de boa qualidade (sanitária e genética) para pesquisadores do Brasil, especialmente imunologistas.

                  Um ponto importante a ser ressaltado neste breve histórico foi a decisão dos pioneiros de desvincular a Imunologia da sua herança histórica com a Microbiologia, primeiro situando-a no Departamento de Fisiologia (1970), ainda no Instituto Biomédico, e depois no Departamento de Imunobiologia, no recém criado Instituto de Biologia. Esta desvinculação com a Microbiologia não foi apenas administrativa mas, sobretudo, conceitual, posto que ela influenciou tanto as linhas de pesquisa quanto o ementário da disciplina, dando ênfase à biologia do organismo do qual o sistema imunitário faz parte. Este pioneirismo pode ser exemplificado pela pesquisa do Prof. Nelson Vaz, quando de seu retorno de Denver, em 1982, com o estabelecimento de uma linha completamente nova na época- a tolerância oral, e no ensino, quando a Ementa do GIM serviu de modelo para outras universidades, por sugestão de um Grupo de Estudo da SBI, em 1993.

                 Em 1984, com o apoio do então Reitor Prof. Raimundo Romeo, o Departamento se expandiu muito com a contratação, por concurso público, de seis professores: Claudia Marcia Borges Barreto, Gerlinde A. P. Brasil Teixeira,  Luiz Antônio Botelho Andrade, Luiz Carlos Sauerbronn Maia, Rita Fucs, Mauricio Afonso Verícimo e Rosane Guerra. De lá para cá, alguns professores faleceram, alguns se transferiram para outras universidades, outros se aposentaram e muitos foram contratados. No quadro atual, mostrado neste site, consta o nome dos professores que estão atuando agora no Departamento e as suas respectivas linhas de trabalho. Além das atividades de pesquisa, o Departamento se destaca no ensino de graduação e de pós-graduação. Os alunos bolsistas de iniciação à pesquisa, de monitoria, de extensão e de desenvolvimento acadêmico, sob a orientação dos diferentes professores do GIM, têm sido constantemente premiados na Agenda Acadêmica da Universidade (vide site). Não é por acaso, portanto, que o ensino, juntamente com a pesquisa e a extensão universitária, é hoje uma das atividades fortes do Departamento, particularmente com a formação de professores, produção de material didático para o ensino superior e básico e a socialização do conhecimento científico por meio de atividades lúdicas,  teatro e cinema.